Mês: maio 2010
a internet das coisas, 1: spimes
e se todos os objetos ao nosso redor fossem [também] sistemas de informação capazes de saber [e dizer] onde estão, o que podem [ou devem] fazer dentro de seu contexto, da situação particular onde se encontram? e se, além disso, gravassem tudo o que fazem [ou é feito com eles] e ainda pudessem dizer [pra rede] o que foi que rolou [de seu ponto de vista] em função das ações realizadas por [ou com] eles, num certo lugar, tempo e contexto? e se, para cada objeto, valesse o princípio SFO [search, find, obtain] dos engenhos de busca? tudo, no mundo, seria buscável, encontrável e, se você tivesse os meios para tal, poderia obter, literalmente, qualquer coisa. no topo disso, e se cada uma destas coisas fosse unicamente identificada, e identificável sob demanda [pelo menos por quem –ou o que– tivesse tal direito]?…
a estas coisas, capazes de “tudo” isso, bruce sterling deu o nome de spimes. shaping things, escrito por sterling em 2005, é uma espécie de manifesto da web das coisas, um ponto de partida para um universo informacional que vai desembocar em um planeta –algum dia- completamente informatizado.
informatizado quer dizer completamente imerso em informática e informática, neste contexto, deve ser entendida como o espaço tridimensional determinado pelas capacidades de computação, comunicação e controle de [ou sobre] objetos e sistemas. spimes são coisas que processam informação, se comunicam com outros objetos e com o ambiente e controlam ou são controladas por dispositivos em seu ambiente. ou, por outro lado, são controladas pelo ambiente e podem, também, definir o que o ambiente é e controla.
nesta web das coisas, uma coisa na web é algo parecido com um spime, um objeto abstrato ou concreto, imerso em um espaço 3D que convencionamos chamar de informática. um spime, de certa forma, é um espacinho, com certas propriedades, dentro do grande universo da informática.
no espaço da informática, acima [que vez por outra eu chamo de C3] os nomes próprios associados a cada eixo são os dos cientistas mais marcantes [na minha opinião] em sua definição: turing é alan, que está por trás dos conceitos fundamentais de máquinas computacionais que usamos até hoje; shannon é claude, na prática o criador da teoria da comunicação e da noção de “bit” que temos hoje; e wiener é norbert, criador da cibernética, o campo multidisciplinar que estuda a estrutura e a dinâmica de sistemas que, de uma ou outra forma, controlam ou são controlados por outros. pra mim, simplesmente, controle. os “+” à frente de cada um dos nomes são necessários porque nenhum deles, claro, criou a base de cada eixo do zero nem, tampouco, o trabalho de cada um encerrou a fundamentação e evolução de cada paradigma.
tempos atrás, warren ellis fez um desenho, mostrado na figura abaixo, do que se poderia imaginar associado a um spime. trata-se de um spime meme map, onde se nota que desde o conceito e especificações de projeto das coisas até sua reciclagem, um fluxo de “bits”, à direita da imagem, acompanha e corresponde a um fluxo de “átomos” [o objeto real ou suas partes] à esquerda. se spimes fossem, ou vierem a ser realidade para todos os objetos [concretos, de átomos] seria possível identificar cada garrafa PET descartada na natureza e quem foi a última pessoa ou instituição que a detinha antes disso acontecer. imagine as consequências.
agora pense, olhando pro desenho abaixo, vindo deste link: se spimes podem tudo isso, porque não poderiam também se expressar de forma autônoma e, de uma prateleira de supermercado, se autoanunciar, pelo menos se você, ou os canais que conduzem a você, estivessem abertos para tal? imagine o barulho… mas ao mesmo tempo note que tudo o que está descrito no meme map acima e no cenário abaixo é possível hoje; todas as tecnologias e sistemas já estão aí e poderiam estar sendo usadas agora. claro que as coisas não estariam conversando com você, mas possivelmente com seu celular. por que não estão?…
sterling sabe imaginar futuros e, como tal, sabe que nem sempre os futuros acontecem na velocidade que os imaginamos; ano passado, meia década depois de “ver” spimes em todo canto, ele deu uma palestra de 20 minutos na lift’09, onde faz uma avaliação crítica de como anda o estado do spimeworld em nossos dias.
no mundo de spimeware, algumas coisas estão andando, rápido; outras deram pra trás e outras ainda nem começaram a aparecer. sterling, como todos nós, não está imune a lei de amara, segundo a qual tendemos a superstimar os efeitos das tecnologias no curto prazo e a subestimá-los no longo prazo. clique na imagem abaixo e veja sterling falando sobre seus spimes; amanhã, neste mesmo canal, volte aqui pra gente conversar sobre a internet das coisas, parte 2. este vai ser nosso assunto durante toda esta semana.
a internet das coisas, 1: spimes
e se todos os objetos ao nosso redor fossem [tamb??m] sistemas de informa????o capazes de saber [e dizer] onde est??o, o que podem [ou devem] fazer dentro de seu contexto, da situa????o particular onde se encontram? e se, al??m disso, gravassem tudo o que fazem [ou ?? feito com eles] e ainda pudessem dizer [pra rede] o que foi que rolou [de seu ponto de vista] em fun????o das a????es realizadas por [ou com] eles, num certo lugar, tempo e contexto? e se, para cada objeto, valesse o princ??pio SFO [search, find, obtain] dos engenhos de busca? tudo, no mundo, seria busc??vel, encontr??vel e, se voc?? tivesse os meios para tal, poderia obter, literalmente, qualquer coisa. no topo disso, e se cada uma destas coisas fosse unicamente identificada, e identific??vel sob demanda [pelo menos por quem ???ou o que– tivesse tal direito]????
a estas coisas, capazes de ???tudo??? isso, bruce sterling deu o nome de spimes. shaping things, escrito por sterling em 2005, ?? uma esp??cie de manifesto da web das coisas, um ponto de partida para um universo informacional que vai desembocar em um planeta ???algum dia- completamente informatizado.
informatizado quer dizer completamente imerso em inform??tica e inform??tica, neste contexto, deve ser entendida como o espa??o tridimensional determinado pelas capacidades de computa????o, comunica????o e controle de [ou sobre] objetos e sistemas. spimes s??o coisas que processam informa????o, se comunicam com outros objetos e com o ambiente e controlam ou s??o controladas por dispositivos em seu ambiente. ou, por outro lado, s??o controladas pelo ambiente e podem, tamb??m, definir o que o ambiente ?? e controla.
nesta web das coisas, uma coisa na web ?? algo parecido com um spime, um objeto abstrato ou concreto, imerso em um espa??o 3D que convencionamos chamar de inform??tica. um spime, de certa forma, ?? um espacinho, com certas propriedades, dentro do grande universo da inform??tica.
no espa??o da inform??tica, acima [que vez por outra eu chamo de C3] os nomes pr??prios associados a cada eixo s??o os dos cientistas mais marcantes [na minha opini??o] em sua defini????o: turing ?? alan, que est?? por tr??s dos conceitos fundamentais de m??quinas computacionais que usamos at?? hoje; shannon ?? claude, na pr??tica o criador da teoria da comunica????o e da no????o de ???bit??? que temos hoje; e wiener ?? norbert, criador da cibern??tica, o campo multidisciplinar que estuda a estrutura e a din??mica de sistemas que, de uma ou outra forma, controlam ou s??o controlados por outros. pra mim, simplesmente, controle. os ???+??? ?? frente de cada um dos nomes s??o necess??rios porque nenhum deles, claro, criou a base de cada eixo do zero nem, tampouco, o trabalho de cada um encerrou a fundamenta????o e evolu????o de cada paradigma.
tempos atr??s, warren ellis fez um desenho, mostrado na figura abaixo, do que se poderia imaginar associado a um spime. trata-se de um spime meme map, onde se nota que desde o conceito e especifica????es de projeto das coisas at?? sua reciclagem, um fluxo de ???bits???, ?? direita da imagem, acompanha e corresponde a um fluxo de ?????tomos??? [o objeto real ou suas partes] ?? esquerda. se spimes fossem, ou vierem a ser realidade para todos os objetos [concretos, de ??tomos] seria poss??vel identificar cada garrafa PET descartada na natureza e quem foi a ??ltima pessoa ou institui????o que a detinha antes disso acontecer. imagine as consequ??ncias.
agora pense, olhando pro desenho abaixo, vindo deste link: se spimes podem tudo isso, porque n??o poderiam tamb??m se expressar de forma aut??noma e, de uma prateleira de supermercado, se autoanunciar, pelo menos se voc??, ou os canais que conduzem a voc??, estivessem abertos para tal? imagine o barulho??? mas ao mesmo tempo note que tudo o que est?? descrito no meme map acima e no cen??rio abaixo ?? poss??vel hoje; todas as tecnologias e sistemas j?? est??o a?? e poderiam estar sendo usadas agora. claro que as coisas n??o estariam conversando com voc??, mas possivelmente com seu celular. por que n??o est??o????
sterling sabe imaginar futuros e, como tal, sabe que nem sempre os futuros acontecem na velocidade que os imaginamos; ano passado, meia d??cada depois de ???ver??? spimes em todo canto, ele deu uma palestra de 20 minutos na lift???09, onde faz uma avalia????o cr??tica de como anda o estado do spimeworld em nossos dias.
no mundo de spimeware, algumas coisas est??o andando, r??pido; outras deram pra tr??s e outras ainda nem come??aram a aparecer. sterling, como todos n??s, n??o est?? imune a lei de amara, segundo a qual tendemos a superstimar os efeitos das tecnologias no curto prazo e a subestim??-los no longo prazo. clique na imagem abaixo e veja sterling falando sobre seus spimes; amanh??, neste mesmo canal, volte aqui pra gente conversar sobre a internet das coisas, parte 2. este vai ser nosso assunto durante toda esta semana.
basicr – O buscador que cria um portal usando uma palavra
Basicr busca notícias, documentos, imagens e vídeos sobre qualquer palavra que lhe indiquemos, criando uma página com toda a informação distribuída e atualizada automaticamente.
Ao ver o resultado parece que estamos na frente de um gerador de portais monotemáticos, ainda que para chegar a esta categoria precise usar muitas mais fontes de informação para ter opiniões mais democráticas sobre os assuntos buscados.
Na realidade o conteúdo não é o que chama a atenção e sim a forma de apresentá-lo, uma forma muito diferente ao que fazem outros buscadores modernos.
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Comentários (2)
pooldigitalmaio 2, 2010#webapp : basicr – O buscador que cria um portal usando uma palavra http://bit.ly/cdtJcsThis comment was originally posted on Twitter
pedeleaomaio 2, 2010basicr – O buscador que cria um portal usando uma palavra:
Basicr busca notícias, documentos, imagens e vídeos so… http://bit.ly/ckRJf8This comment was originally posted on Twitter
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basicr ??? O buscador que cria um portal usando uma palavra
basicr ??? O buscador que cria um portal usando uma palavra
Por Juan Diego Polo – 02/05/2010 – (2)
Basicr busca not??cias, documentos, imagens e v??deos sobre qualquer palavra que lhe indiquemos, criando uma p??gina com toda a informa????o distribu??da e atualizada automaticamente.
Ao ver o resultado parece que estamos na frente de um gerador de portais monotem??ticos, ainda que para chegar a esta categoria precise usar muitas mais fontes de informa????o para ter opini??es mais democr??ticas sobre os assuntos buscados.
Na realidade o conte??do n??o ?? o que chama a aten????o e sim a forma de apresent??-lo, uma forma muito diferente ao que fazem outros buscadores modernos.
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- Pluralink ??? Como incluir v??rios links numa ??nica palavra
- Coloreday ??? uma palavra, uma cor
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maio 2, 2010
#webapp : basicr ??? O buscador que cria um portal usando uma palavra http://bit.ly/cdtJcs
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maio 2, 2010
basicr ??? O buscador que cria um portal usando uma palavra:
Basicr busca not??cias, documentos, imagens e v??deos so??? http://bit.ly/ckRJf8This comment was originally posted on Twitter
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